sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Antivirais para HCV

O Ministerio da Saúde fez um Protocolo em março de 2018 e até hoje não disponibilizou tratamento para pacientes portadores de HCV genótipo 3, 2 ou qualquer genótipo com cirrose Child B, onde Inibidor da protease é contraindicado.
Novo Protocolo foi liberado em novembro de 2018 e também sem tratamento liberado. Recentemente o Ministerio da Saúde comprou o genérico do Sofosbuvir(sem estudos clínicos ) e o Daclatasvir( droga que não se usa mais no mundo evoluído) por 2500 dólares por tratamento com duração de 12 semanas e deixou de comprar a associação do Sofosbuvir oficial com Velpatasvir, esquema pan genotipico de 3a geração com muitos estudos para respaldar seu espaço terapêutico, por 1500,00 dólares.
Esta escolha não tem suporte científico e parece não ter suporte financeiro também.
Porque um genérico desconhecido em vez do produto original mais barato?
Dizem que esta negociação foi melhor que a anterior. Bem, a anterior gastou próximo de 4000,00 dólares por tratamento, mas não é esta comparação que interessa em sim a do momento atual entre 2500,00 dólares com o genérico versus 1500,00 dólares com o oficial de 3a geração.
Enfim, estas situações muito complexas são difíceis  de serem avaliadas por pessoas apenas técnicas, mas esperamos que algum tratamento chega na ponta para os nossos pacientes, que esperam há quase 01 ano.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Tratamento de Hepatite C

Enquanto o Ministério da Saúde não acerta a compra de medicamentos para tratar os pessoas com hepatite crônica C, muitos pacientes cirróticos ainda não tratados, esperam pelo tratamento. Lembrar que os pacientes cirróticos podem descompensar a cirrose ou apresentar o surgimento do tumor, carcinoma hepatocelular.
A portaria que permite tratamento independente do grau de fibrose, foi publicada em março de 2018 e até agora ainda não temos medicamentos disponíveis.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

DOLUTEGRAVIR PARA MULHERES QUE QUEREM ENGRAVIDAR

Estudo realizado na África, mostrou que não houve diferença entre mal formação no grupo de gestantes que tomou Efavirenz em comparação com o grupo que usou Dolutegravir durante a gestação.
Isto faz com tenhamos uma noção errada de segurança do Dolutegravir, pois a mal formação em discussão aqui é o fechamento do tubo neural, que ocorre até 27 dias de feto ou 42 dias de gestação.
Sub análise mostrou aumento de alteração de fechamento de tubo neural no feto em 0,9% de mulheres que engravidaram em uso de Dolutegravir. Bem, o fechamento do tubo neural, ocorre em torno de 25 a 27 dias do feto ou entre 39 a 42 dias de gestação. O risco de alteração do fechamento do tubo neural é de 0,08%, portanto muito pequeno, porém, a exposição ao Dolutegravir aumentou em 10 vezes este risco.
Sendo assim, até que novos estudo demonstrem maior segurança do Dolutegravir, ele deve ser evitado em mulheres que estão tentando engravidar.

domingo, 9 de setembro de 2018

AZT endovenoso antes do parto



SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 

 CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO DST/AIDS - PROGRAMA ESTADUAL DE DST/AIDS – CCD – SES-SP 

NOTA INFORMATIVA Nº 01/2017/CRT-PE-DST/AIDS/SES-SP 
Dispõe sobre o uso da Zidovudina (AZT) injetável durante o trabalho de parto em gestantes HIV     positivas. 
 III. Recomendação para o Estado de São Paulo 

Neste momento de eliminação da transmissão vertical do HIV no Estado de São Paulo, o Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo está recomendando manter o uso do AZT injetável em todas as gestantes HIV positivas, durante o trabalho de parto, até atingir patamares de eliminação em todos os municípios do Estado. 

British HIV Association guidelines for the management of HIV infection in pregnant women 2018 Use of intrapartum intravenous infusion of zidovudine

For women with a viral load of >1000 HIV RNA copies/mL plasma who present in labour, or
with ruptured membranes or who are admitted for planned CS
For untreated women presenting in labour or with ruptured membranes in whom the current viral load is not known.
There are no data to support the use of intrapartum intravenous zidovudine infusion in
women on cART with a plasma HIV viral load <1000 HIV RNA copies/mL.

Enquanto a secretaria de estado da saúde indica através de Norma Informativa, o uso de AZT endovenoso para todas as gestantes independente da carga viral para HIV estar ou não menor que 50 cps/ml, com a justificativa que é para reduzir a Transmissão Materno Fetal de HIV, a última recomendação britânica para manuseio de gestantes infectadas pelo HIV, de 2018, sugere com base em evidência científica que Não há evidência que suporte o uso de AZT EV no parto para gestantes que têm carga viral de HIV < 1000 cps/ml.
Sendo assim, devemos salientar que dar AZT para todas as gestantes, não reduzirá a Transmissão Materno Fetal do HIV. Esta justificativa é desprovida de valor científico.
Não se avança no conhecimento por decreto.
Gestantes com carga viral para HIV menor que 50 cps/ml com 35 semanas de gestação, não apresentam redução da Transmissão Materno Fetal do HIV com o uso do AZT EV antes do parto.

sábado, 8 de setembro de 2018

UK HIV pregnancy guidelines (2018)

http://www.bhiva.org/pregnancy-guidelines-consultation.aspx

TOXOPLAMOSE NA GESTAÇÃO

Devemos fazer uma avaliação crítica da conduta estabelecida para mulheres com infecção aguda pelo Toxoplasma gondii, durante a gestação.
O papel hipervalorizado da espiramicina na prevenção da transmissão vertical da toxoplasmose fica difícil de se sustentar diante de evidências científicas em relação à duração da parasitemia e o tempo de aparecimento dos anticorpos.